Saiba quem é o fazendeiro multado em R$ 65 mil por trabalho escravo no Piauí

A Coluna obteve acesso à identificação do fazendeiro, que foi multado em R$ 65 mil por submeter 13 trabalhadores a condições análogas à escravidão. Trata-se de Juberto Ferreira Alves, proprietário da Fazenda Paulista, localizada no município de Gilbués, no Sul do Piauí.
Durante fiscalização realizada na propriedade rural, os auditores do Ministério Público do Trabalho constataram diversas irregularidades: os trabalhadores não tinham registro em carteira, não utilizavam equipamentos de proteção individual (EPIs) e realizavam suas atividades — como catação de raízes — calçando apenas chinelos, em jornadas exaustivas que iam das 6h30 às 18h

As condições de moradia também foram consideradas precárias e degradantes. Os alojamentos estavam sujos, infestados de ratos, e sem instalações sanitárias adequadas. Não havia camas ou redes suficientes para todos, e alguns trabalhadores dormiam em colchões danificados, enquanto outros improvisavam redes.
Além disso, a água fornecida aos trabalhadores era quente e imprópria para consumo. A alimentação era precária, restrita a arroz e feijão mal preparados. Muitos dos trabalhadores faziam suas refeições sentados no chão, embaixo de árvores, por falta de estrutura adequada.
Termo de Ajuste de Conduta (TAC)
Com a assinatura do TAC, Juberto Ferreira Alves se comprometeu a regularizar todas as relações trabalhistas em futuras contratações e a garantir condições adequadas de moradia, alimentação, higiene e segurança a seus empregados.
O valor da multa, R$ 65 mil, será pago em dez parcelas e destinado ao Fundo de Direitos Difusos, que financia projetos voltados à promoção do trabalho digno e reparação de danos trabalhistas, segundo informou o procurador do trabalho Vinícius Lantyer Oliveira, responsável pelo caso.
Em caso de descumprimento das obrigações pactuadas no Termo de Ajuste de Conduta, como o não pagamento voluntário das multas, será executado perante Justiça do Trabalho, consoante artigos 5°, § 6º, da Lei nº 7.347/85, 876 e 877A, estes últimos da CLT.
Rapidinhas
Delegado Luccy Keiko destaca periculosidade de criminoso morto em confronto com o DRACO
Durante uma operação policial realizada na manhã desta terça-feira (15), um criminoso conhecido pelo apelido de “Cascavel” foi morto após reagir a tiros contra equipes do DRACO (Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas). A ação ocorreu na região de Água Branca, no Piauí, e foi resultado de uma investigação conduzida pela Delegacia Seccional da cidade, com apoio da Polícia Civil, da Força Estadual Integrada de Segurança Pública e do próprio DRACO.
De acordo com o delegado Luccy Keiko, o indivíduo morto era considerado de alta periculosidade e possuía diversas passagens pela polícia, incluindo tráfico de drogas, resistência à prisão, desacato, violência doméstica, entre outros crimes. “Esse indivíduo era extremamente perigoso. Ele reagiu atirando contra os policiais, e o vídeo registrado durante a ação é claro ao mostrar a gravidade da situação. Felizmente, nenhum policial foi ferido”, afirmou o delegado.

Atuação contra facções avançam ao interior
A operação, que cumpriu sete mandados de busca e apreensão, terminou foram apreensões de duas armas de fogo, além de outros materiais que serão analisados no curso da investigação.
Segundo o delegado Luccy Keiko, a ação demonstra a eficiência das forças de segurança no enfrentamento às facções criminosas que atuam em municípios como Água Branca, Regeneração, São Pedro e São Gonçalo e que avançam para o interior do estado do Piauí. “Esse trabalho foi fruto de uma investigação minuciosa da nossa delegacia. A atuação firme e técnica dos policiais mostra que o Estado está presente e que não irá recuar diante do crime organizado”, finalizou.
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