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Piauí é o 3º estado do país com mais domicílios em insegurança alimentar, diz IBGE

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, apontam que, em 2024, cerca de 454 mil domicílios no Piauí apresentaram algum grau de insegurança alimentar. O número representa uma redução de 24 mil domicílios em comparação a 2023, quando o total havia chegado a 478 mil. Em termos percentuais, a taxa caiu de 41,9% para 39,3%, uma queda de 2,6 pontos percentuais. Apesar da redução, o estado registrou a terceira maior proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar do país, ficando atrás apenas do Pará e de Roraima.

Com a queda no índice, a proporção de domicílios em segurança alimentar no Piauí subiu de 58,1% para 60,7%. A pesquisa é resultado de um convênio entre o IBGE e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e classifica a insegurança alimentar em três níveis: leve, moderada e grave.

Foto: Divulgação/AscomOs fiscais do MPT constataram que a alimentação das vítimas era precária

Alimentação precária

De 2023 para 2024, os três níveis de insegurança alimentar apresentaram queda no estado. O nível leve passou de 27,7% para 27,3% dos domicílios, o moderado caiu de 8,8% para 8,1% e o grave reduziu de 5,4% para 4,0%. No caso da insegurança grave, o percentual equivale a cerca de 46 mil residências onde houve privação quantitativa de alimentos para adultos, crianças e adolescentes.

O Piauí ficou atrás apenas do Pará, que registrou 44,6% de insegurança alimentar nos domicílios, e de Roraima, com 43,6%. Por outro lado, os menores índices foram observados em Santa Catarina (9,4%), Espírito Santo (13,5%) e Rio Grande do Sul (14,8%). Os dados revelam um cenário desigual entre os estados, com concentrações mais elevadas de insegurança alimentar nas regiões Norte e Nordeste do país.

Em âmbito nacional, 24,2% dos domicílios apresentaram algum grau de insegurança alimentar em 2024, totalizando 18,9 milhões de residências. O índice representa uma melhora de 3,4 pontos percentuais em relação a 2023, quando a insegurança atingiu 21,1 milhões de lares. Entre as regiões do país, a maior taxa foi registrada no Norte (37,6%), seguida pelo Nordeste (34,8%). No Centro-Oeste, o índice foi de 20,5%, no Sudeste de 19,7% e no Sul, 13,6%, a menor proporção nacional.

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