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Mundo caminha para até 2,5°C de aquecimento até o fim do século, alerta ONU

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou um novo relatório que acende o alerta global: mesmo que todas as metas climáticas atuais sejam cumpridas, o mundo ainda está a caminho de um aumento de temperatura entre 2,3°C e 2,5°C até 2100.

O estudo mostra que o planeta segue longe da meta de 1,5°C, estabelecida pelo Acordo de Paris (2015), que buscava evitar impactos climáticos extremos, como secas severas, aumento do nível do mar e o derretimento de geleiras.

📊 Principais pontos do relatório:

  • Apenas 60 países, responsáveis por 63% das emissões globais, atualizaram suas metas climáticas nacionais (NDCs) até setembro de 2025.
  • As novas metas reduziram as projeções de aquecimento de 2,6–2,8°C (em 2024) para 2,3–2,5°C, uma queda de apenas alguns décimos de grau.
  • Essa pequena melhora se deve mais a mudanças metodológicas do que a ações efetivas.
  • saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, prevista para janeiro de 2026, pode anular 0,1°C desse progresso.

🌡️ O que está em jogo:

O Pnuma destaca que a chamada “lacuna de emissões” — diferença entre o que os países prometem e o que seria necessário para limitar o aquecimento a 1,5°C — permanece praticamente inalterada desde 2015.

“Os planos climáticos nacionais avançaram, mas ainda estão muito aquém do necessário. Serão precisas reduções de emissões sem precedentes, em um prazo cada vez mais curto e em meio a um cenário geopolítico instável”, conclui o relatório.

Limite de 1,5°C praticamente inevitável

O relatório de 2025 do Pnuma confirma que o planeta registrou um novo recorde de emissões em 2024, atingindo 57,7 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa (CO₂ equivalente) — um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior, mais de quatro vezes a média da década de 2010.

O crescimento foi impulsionado por todos os setores da economia, com destaque para o desmatamento e as mudanças no uso da terra, responsáveis por mais da metade do aumento. As emissões de combustíveis fósseis também subiram 1,1%, refletindo o aumento da demanda energética e a lentidão na transição para fontes limpas.

Entre os grandes emissores, o G20 respondeu por 77% das emissões globais, com alta de 0,7% em 2024.

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