Estudantes no PI criam “protetor solar” para plantas que reduz estresse térmico

Diante do avanço das temperaturas extremas e do aumento da radiação solar, estudantes no Piauí desenvolveram uma alternativa simples e sustentável para proteger plantações: um “protetor solar” vegetal capaz de reduzir o estresse térmico das culturas.
O produto, chamado Ecoshield, vem sendo desenvolvida há cerca de um ano alunos de pós-graduação de Zootecnia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e já acumula reconhecimento. O projeto conquistou o primeiro lugar no Desafio StartUFPI 2025, garantindo bolsas, apoio institucional e recursos para avançar a pesquisa pelos próximos 12 meses.
“É uma ideia que nasceu aqui na UFPI, no Departamento de Zootecnia, e ela vem sendo acolhida pela universidade através de financiamento. Especificamente, a gente ganhou o primeiro lugar no projeto StartUFPI 2025 e a gente tem uma taxa de bancada na qual está desenvolvendo o protótipo do produto”, destacou o professor Ricardo Loiola.
O Ecoshield é biodegradável, de fácil aplicação e formulado com cal, sílica e adjuvantes naturais. Quando borrifado sobre as plantas, o produto cria uma camada protetora que ajuda a bloquear parte do calor e da radiação solar, aumentando a resistência das culturas, especialmente em regiões de clima semiárido.
“A planta que a gente testou já na cultura do arroz, que é uma planta que sofre com as altas temperaturas, respondeu muito bem ao protetor solar. O produto realmente protegeu contra a maior parte dos raios solares e do estresse térmico”, explicou a estudante Clara Xavier.
A equipe também busca aproximar ao produtor dos agricultores para avaliar o desempenho do produto em campo.
“A gente está no espaço de fazer essa parceria e está disponibilizando o produto para eles testarem e trazerem resultados e feedbacks positivos. A gente tem um grande foco na região semiárida do Piauí, Simplicio Mendes, Paes Landim, uma boa quantidade de produtores, e também produtores aqui na região de Teresina”, ressaltou o estudante Marcos Rodrigues.
O grupo agora trabalha para ampliar os testes, consolidar o protótipo e comercializar o produto por meio da startup recém-criada pelos pesquisadores.
“A startup é nova, nasceu este ano, e queremos no próximo ano já estar junto com o produtor rural, comercializando esse produto dentro da startup”, finalizou Ricardo Loiola.
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