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Teste na ferrovia Transnordestina é adiado por falta de licença do Ibama

A Transnordestina Logística adiou o início da operação e dos eventos agendados para os dias 24 e 25 de outubro na ferrovia Transnordestina. A operação comissionada foi anunciada pelo Governo Federal onde seriam realizados testes com transporte de cargas de soja, milho, farelo de soja e calcário entre Bela Vista do Piauí e Iguatu, no Ceará.

Segundo o Governo do Piauí, o adiamento acontece devido o aguardo da emissão pelo Ibama da Licença de Operação, sem a qual não é possível operar.

“Por este motivo, lamentamos informar o adiamento do início da operação e dos eventos agendados no dia 24/10 em Bela Vista do Piauí e no dia 25/10 em Iguatu no Ceará. A Transnordestina Logística, junto com o Ministério dos Transportes, Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e Casa Civil não tem medido esforços para iniciar as operações o mais breve possível. Continuamos trabalhando firme para o avanço das obras e em breve comunicaremos a nova data do início da operação comissionada”, informou o Governo do Piauí.

O investimento total previsto para a Transnordestina é de R$ 15 bilhões, dos quais R$ 4,4 bilhões são recursos do Governo Federal. Parte significativa vem do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), que destinou R$ 3,6 bilhões por meio de termo aditivo assinado em 2024. Até 2027, devem ser liberados R$ 1 bilhão adicionais para garantir a entrega da primeira fase da ferrovia.

No Piauí, a ferrovia terá papel central no escoamento da produção agrícola, sobretudo grãos, conectando o estado a outros mercados pelo Porto do Pecém, no Ceará. Segundo o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Tavares, a ligação com o porto dará nova escala ao transporte e permitirá futuras interligações, como com a Ferrovia Norte-Sul.

Terminais logísticos e integração do transporte

Entre os diferenciais do projeto estão os terminais logísticos. O Terminal Intermodal do Piauí já está em construção e será um ponto estratégico para produtores e indústrias locais. Outros cinco terminais serão implantados ao longo dos 1.750 km da ferrovia, ampliando a capacidade de armazenamento e a integração do transporte.

Impacto econômico e social esperado

A expectativa do Governo Federal é que a Transnordestina gere forte impacto econômico e social na região. Além da integração com outras obras de infraestrutura hídrica, como a transposição do Rio São Francisco, estima-se que o corredor logístico impulsione um crescimento anual de até R$ 7 bilhões no semiárido nordestino, beneficiando diretamente o Piauí.

ciudadeverde

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