O ex-policial militar Wanderley Rodrigues da Silva foi pronunciado pela 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina e deverá ser submetido a julgamento pelo crime de homicídio qualificado contra Willer Santos Oliveira, ocorrido em novembro de 2017, na Zona Leste da capital. A decisão foi publicada no último dia 15 de dezembro, no Diário de Justiça.
De acordo com o Tribunal de Justiça, Wanderley teria efetuado disparos de arma de fogo contra a vítima, que faleceu no local. A investigação apontou que a ação teria sido motivada para assegurar a impunidade e vantagens de outro crime, já que a vítima havia denunciado o policial por extorsão durante audiência de custódia.
O documento detalha que, no dia do crime, Willer estava em casa com sua esposa e filha menor quando o acusado, acompanhado de outros individuos, chegou em frente à residência e iniciou os disparos. Testemunhas relataram que a vítima tentou se proteger, mas foi atingida.
A investigação incluiu depoimentos da família da vítima, vizinhos e outras testemunhas, além de laudos periciais, reconhecimento fotográfico e retrato falado.
Ainda segundo o documento, a pronúncia não analisa a culpa do réu, mas confirma a existência de indícios suficientes para levá-lo a julgamento pelo Tribunal do Júri. A decisão também mantém a prisão preventiva do acusado, considerando a gravidade do crime e o risco à ordem pública.
O Ministério Público do Piauí solicitou a pronúncia do policial com base na materialidade do crime e nos indícios de autoria. A defesa havia solicitado a impronúncia, alegando ausência de provas que ligassem Wanderley ao homicídio.
Após a publicação do documento, representantes do Ministério Público e da defesa terão um prazo de cinco dias para apresentar as testemunhas que serão ouvidas em plenário, além de requerer diligências e juntar documentos complementares para os próximos passos do processo.
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