Geral

Brasil recebe doação de US$ 300 milhões para fortalecer plano de saúde climática

Instituições filantrópicas globais anunciaram, nesta quinta-feira (13), a doação de US$ 300 milhões ao Plano de Ação de Belém para a Saúde, lançado pelo governo brasileiro durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). A iniciativa tem como objetivo adaptar os sistemas de saúde aos impactos provocados pelo aquecimento global.

“Estou muito feliz que hoje pudemos anunciar, comprometendo US$ 300 milhões para ações integradas para combater as causas das mudanças climáticas e suas consequências para a saúde. Essa iniciativa é chamada de Coalizão para o Clima e o Bem-Estar da Saúde. Ela inclui 35 milhões de pessoas no mundo”, afirmou o diretor de Clima e Saúde da Welcome Trust, Alan Dangour.

A instituição beneficente inglesa é uma das integrantes da Coalizão para o Clima e o Bem-Estar da Saúde, responsável pela doação. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o plano é uma estratégia global aberta à adesão de países interessados em adaptar seus sistemas de saúde aos desafios climáticos.

” alt=”” aria-hidden=”true” />Ministro Padilha, na COP30  | Foto: Bruno Peres

Ministro Padilha, na COP30  | Foto: Bruno Peres

Atualmente, 40 países e outras 40 instituições já aderiram ao plano. “Nós temos países de todos os continentes, países que têm sistemas nacionais públicos de saúde importantes, tradicionais, como o Brasil. O país do Reino Unido, por exemplo, tem um sistema nacional público universal mais tradicional, países de várias dimensões”, disse o ministro.

Padilha destacou que o Reino Unido, que preside o G20, apoia o Brasil na mobilização de novos signatários. “Nós consideramos hoje a mudança climática como um dos principais determinantes sociais da saúde. Utilizaremos a parceria do Brics para mobilizar mais países nesse plano. E como missão, o Brasil assume a sua responsabilidade regional no continente americano”, afirmou.

Entre os países do continente que já aderiram estão Canadá, México, Colômbia e Uruguai. No Brasil, o Plano de Ação de Belém para a Saúde será implementado em toda a infraestrutura do sistema público, com foco na adaptação de unidades de saúde e na logística de transporte de insumos e coleta de dados, de acordo com as características regionais.

“O que nós estamos dizendo é que as mudanças climáticas não afetam todas as populações da mesma forma”, reforçou o ministro. Ele explicou que os recursos serão direcionados prioritariamente as populações mais vulneráveis, considerandos fatores como desigualdade social, acesso a serviços de saúde, raça, etnia e gênero.

“Vulnerabilidades sociais, como acesso aos serviços de saúde, vulnerabilidades que são marcas da desigualdade no Brasil, como o racismo às populações negra, indígena, a desigualdade de gênero, em relação às mulheres, então um dos eixos do plano é exatamente priorizar os recursos para cuidar dessas populações”, afirmou Padilha.

meionorte

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo