Piauiense superdotado ganha vaga em olimpíada nos EUA e faz campanha para viajar

O piauiense Heitor Luíz Rodrigues de Queiroz, de 11 anos, conquistou medalhas de prata e bronze na Copernicus Natural Science Olympiad, competição internacional que reúne jovens talentos de mais de 48 países. Estudante de escola pública, o desempenho garantiu ao aluno, que é superdotado, uma vaga na Copernicus Global Round 2026, etapa mundial que será realizada em janeiro, na cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos.
A família agora corre contra o tempo para arrecadar recursos e garantir a participação do jovem na competição, que não oferece ajuda de custo aos classificados. A viagem, segundo a mãe, deve custar cerca de R$ 45 mil, incluindo passagens, hospedagem, alimentação, taxas de inscrição e deslocamento. Todas as taxas precisam ser quitadas até 10 de dezembro.
“A quantia que precisamos é muito alta, porque somos uma família humilde financeiramente. E por se tratar de dólar, é tudo mais alto. Juntando todas as despesas como passagens, hospedagem, taxas de inscrição, alimentação e transporte, fica em torno de R$ 45 mil. E estamos com o prazo bem apertado, só temos até o dia 10 de dezembro, porque a competição é em janeiro e todas as taxas têm que ser pagas até essa data”, explicou a mãe, Jéssica Queiroz.
Desempenho acima da média
Heitor é estudante da rede pública municipal de Capitão de Campos, a 126 km de Teresina, e realizou duas modalidades da olimpíada: Ciências Naturais, na qual conquistou prata, e Física e Astronomia, onde levou bronze competindo com estudantes do 7º e 8º ano, mesmo estando apenas no 5º ano.
A mãe conta que o filho não recebe preparação escolar nessas áreas e estuda por conta própria.
“Ele estuda em escola pública e não tem essas disciplinas na escola. É tudo por conta própria. Ele só tem 11 anos, mas é muito interessado em coisas complexas. As provas da etapa preliminar foram online, feitas em um sistema com inteligência artificial. Ele teve que fazer sozinho, sem ninguém no ambiente. O programa reconhecia outros rostos, barulhos e movimentos. Cada prova teve 25 questões, aumentando o nível de dificuldade”, relatou.
Reconhecimentos e histórico excepcional
Heitor já acumula conquistas no meio científico: recebeu uma honraria internacional como uma das crianças mais inteligentes do mundo na área de astronomia e ciências espaciais, foi o primeiro piauiense a se tornar sócio da Associação dos Engenheiros do ITA (AEITA) e já participou de outras finais de olimpíadas internacionais.
Segundo a família, ele aprendeu a ler com dois anos, demonstrando interesse por temas complexos desde muito cedo.
Como ajudar
Foto: Divulgação

Quem quiser contribuir para que Heitor represente o Piauí e o Brasil na competição internacional pode colaborar com qualquer valor pelo Pix: [email protected].
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