O Piauí encerrou 2024 com a menor taxa de nupcialidade legal do Brasil. Segundo as Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), o estado registrou 3,2 casamentos por mil habitantes com 15 anos ou mais, proporção inferior à média nacional e à observada há dez anos.
Em 2014, o índice piauiense era de 5 casamentos por mil habitantes. A queda acompanha a tendência nacional: o Brasil passou de 7,1 casamentos por mil habitantes em 2014 para 5,6 em 2024.
A maioria dos estados apresentou retração no período, com exceção de Amapá, Mato Grosso, Acre e Tocantins. As menores taxas em 2024 foram registradas no Piauí (3,2), Sergipe (3,7) e Rio Grande do Sul (4,0). Na outra ponta, Rondônia (8,9), Distrito Federal (8,4) e Tocantins (7,0) lideraram o ranking.
Número de casamentos cai no Piauí
O estado contabilizou 8.683 casamentos em 2024, queda de 11,41% em relação a 2023, quando foram formalizadas 9.802 uniões. Do total registrado no último ano:
- 8.612 casamentos foram entre cônjuges de sexo diferente (99,18%);
- 46 entre cônjuges femininos (0,53%);
- 25 entre cônjuges masculinos (0,29%).
No Brasil, ao contrário, houve leve aumento: foram 948,9 mil casamentos em 2024, crescimento de 0,86% em relação ao ano anterior.
Piauí acompanha tendência de casar mais tarde
O levantamento aponta ainda que os piauienses estão se casando em idades mais avançadas. Em 2004, os homens formalizavam união, em média, aos 28,2 anos; em 2024, a média passou para 32,1 anos. Entre as mulheres, a idade média subiu de 24,7 para 29,6 anos no mesmo intervalo.
O comportamento também se repete no cenário nacional: os homens brasileiros passaram de 27,8 para 31,5 anos entre 2004 e 2024, enquanto as mulheres subiram de 24,9 para 29,3 anos.
O Amapá aparece com as idades mais altas do país: 35 anos para os homens e 32,3 anos para as mulheres.
Com informações do IBGE
