O Governo do Piauí lançou, na tarde desta segunda-feira (24), no Palácio de Karnak, o programa Mais Formação, Mais Renda, considerado pelo Executivo o maior pacote de qualificação profissional já implementado no estado. A iniciativa amplia a oferta de cursos profissionalizantes, técnicos, de graduação e pós-graduação, com mais de 53 mil novas vagas anuais nesta primeira etapa e previsão de superar 83 mil vagas a partir de 2030.
O governador Rafael Fonteles afirmou que o programa nasce para conectar a formação educacional às oportunidades reais de trabalho no Piauí. Ele destacou que, embora o aumento da escolaridade seja essencial para ampliar renda, a formação precisa estar alinhada com o mercado. “O nosso objetivo, ao final das contas, é mais renda para o nosso povo, mais qualidade de vida para o nosso povo. Mas se a gente não linkar uma coisa com a outra, nós vamos dar conflito à água. Não vai dar certo”.
O governador reforçou que estudos mostram baixa correlação entre anos de estudo e aumento de renda quando a qualificação não está integrada às demandas profissionais.
“Nós queremos formar essas pessoas para que elas tenham oportunidades de trabalho, de renda, de melhorar de vida”, afirmou.
Foto: Tarcio Cruz/Cidadeverde.com
O programa integra o Superchoque Educacional e Tecnológico do Piauí e foi elaborado com participação direta de empresas e setores produtivos, que apontaram necessidades e tendências em áreas como tecnologia, energias renováveis, agro, logística, turismo e serviços.
O secretário de Educação, Washington Bandeira, apresentou os cinco tipos de cursos que serão ofertados, distribuídos entre formações rápidas, cursos técnicos, graduação, especialização e pós-graduação stricto sensu. Segundo ele, as novas vagas passam a ser planejadas com foco na empregabilidade.
“Vamos para a apresentação dos detalhes e dos números, aí vocês vão se impressionar com a grandeza. Então são cinco tipos de cursos que nós vamos ofertar agora, com vagas a mais e mais conectadas ao mercado de trabalho”, disse.
A execução será feita em parceria com instituições de ensino e pesquisa. O reitor do IFPI, Paulo Borges, afirmou que a iniciativa representa um avanço na formação profissional no estado. “É um passo muito gigantesco que o Governo do Estado está dando, para que a gente possa sair desse marasmo da educação no Piauí”. O reitor acrescentou que o instituto trabalha com a projeção inicial de dez mil vagas adicionais ao longo dos próximos quatro anos. “A gente vai discutir em quais áreas, em quais eixos e o quanto está ativo com o Governo do Estado”, disse.
O programa prevê articulação com instituições públicas de ensino superior, centros de pesquisa, Sistema S e outros parceiros, com o objetivo de fortalecer áreas estratégicas e ampliar o acesso à formação em todos os municípios.
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