Novas regras do MCMV aumentam subsídios e facilitam compra da casa própria

Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta terça-feira (9), o presidente do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC), Marcos Holanda, e o diretor institucional da entidade, André Bahia, avaliaram positivamente a ampliação dos subsídios do Governo Federal para o financiamento de imóveis do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Os empresários destacaram que em algumas modalidades, as unidades são “praticamente doadas“.
Durante a entrevista, Holanda pontuou que até pouco tempo atrás a população do Norte e do Nordeste tinham dificuldade em acessar os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra do imóvel justamente por não ter o valor da entrada. “Agora, com essa nova formulação estruturada pelo Governo Federal, de forma muito inteligente, temos contribuições para o comprador do imóvel de maneira bastante interessante”, disse.
“Hoje o Governo Federal chega a dar até R$ 55 mil de contribuição para o comprador da unidade. Além disso, algumas prefeituras já estão aportando até R$ 30 mil para compor a renda do mutuário. Fazendo a soma, você teria R$ 85 mil. Além disso, desenvolvemos uma proposta, que foi aprovada, que o deputado e o senador podem dar uma contribuição através de uma emenda, ou de bancada ou individual, para contribuir”, destacou o empresário.
Neste caso, as emendas parlamentares são destinadas diretamente à Caixa Econômica Federal para aplicação no programa MCMV. “O recurso seria distribuído para os empreendimentos que estão em andamento, ajudando a construir e oxigenar o comprador, que anteriormente não tinha capacidade de comprar uma unidade habitacional. Isso foi uma mudança construída pelo Fórum junto ao Governo Federal”, explicou Holanda.
Foto: Cidadeverde.com
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Por sua vez, Bahia comentou que as mudanças nas regras de financiamento e ampliação das curvas de subsídio foram negociadas pelo FNNIC como forma de reduzir as diferenças entre do Norte e do Nordeste em relação aos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “Temos lutado para que nas rendas abaixo de R$ 2 mil, que são as pessoas mais pobres, o subsídio seja ainda maior. Há uma perspectiva de que aumente de R$ 7 a R$ 8 mil para as nossas regiões”, afirmou.
Como acessar os recursos
Bahia ainda explicou que existem duas principais modalidades para o financiamento de imóveis. O primeiro deles é a faixa 1 do MCMV Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), com recursos do Orçamento Geral da União. “Essas unidades são praticamente doadas às pessoas, não paga praticamente nada. Você só precisa se cadastrar quando a prefeitura da sua cidade abrir inscrições e concorrer ao sorteio”, destacou.
Foto: Cidadeverde.com

A segunda possibilidade seria o acesso ao MCMV por meio dos recursos do FGTS. “Nesse o volume de obras é bem maior. Você vai fazer via mercado. Você vai procurar construtoras que façam isso. Você pega essa informação, se o imóvel lhe agradar, você aprova o seu crédito com todos esses subsídios, a depender da sua renda. Caso você seja aprovado, você consegue adquirir seu imóvel”, esclareceu o empresário.
Fórum em Teresina
Para discutir o tema, o FNNIC será realizado em Teresina nos dias 11 e 12 de novembro. Na oportunidade, estarão reunidos ministros e diversas lideranças políticas para fomentar o compartilhamento de conhecimento e estimular a troca de experiências que impulsionam o desenvolvimento do setor imobiliário e das obras públicas, evolução aprimoramento contínuo.
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