Júri do acusado de mandar matar empresário a tiros na frente das filhas é adiado

O júri de Paulo Ferreira Pereira, acusado de mandar matar o empresário João Rodrigues Dias Neto, na frente das duas filhas, quando as buscava em uma escola em São Raimundo Nonato, foi adiado para o próximo dia 14 de novembro. Além dele, outros três réus que teriam envolvimento no crime também seriam julgados nesta terça-feira (4).
A nova data foi definida pela juíza Hilma Maria da Silva Lima, titular da 1ª Vara da Comarca de São Raimundo Nonato, após a ausência de um dos jurados. A magistrada ainda determinou que Patrícia Ferreira Pereira, Juliermes Braga Paz Landim, Roniglesias dos Santos Silva sejam julgados em um dia diferente de Paulo Ferreira.
João Rodrigues era casado com a vereadora Valdenia Costa, que ocupava o cargo de secretária municipal de Trabalho e Assistência Social na época do homicídio do marido. Uma câmera de segurança próximo ao local do crime registrou o momento em que a vítima é atingida pelos disparos de arma de fogo.
Até o momento, apenas Juniel Assis Paes Landim já foi julgado e condenado a mais de 29 de anos como autor dos disparos contra a vítima.

Suspensão do júri
Antes do adiamento do julgamento dos demais réus, o júri já havia sido suspenso pelo desembargador Sebastião Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), após a Defensoria Pública solicitar que o processo fosse transferido para outra comarca, alegando dúvidas quanto à imparcialidade dos jurados e risco à segurança do acusado.
No pedido, a defesa citava a grande repercussão social e midiática do caso pelo fato da vítima ser casada com uma vereadora da cidade. Além disso, o pedido cita a influência da esposa da vítima no município e que a sessão que condenou um dos réus realizada na mesma comarca foi encerrada com houve ameaça de linchamento do acusado.
Os acusados
Após ser preso como suspeito pelos disparos, Juniel Assis alegou em depoimento à polícia que havia sido contratado por R$ 1,5 mil para matar João Rodrigues. Naquela ocasião ele apontou quem seriam os mandantes e relatou que a orientação dada era que crime fosse cometido na frente das filhas da vítima.
A motivação
Durante as investigações, o delegado-geral de Polícia Civil, Lucy Keiko, afirmou que a motivação do crime teria sido uma vingança por acidente de trânsito ocorrido em junho de 2022 no qual João Rodrigues teria se envolvido. Apesar disso, lembrou que à época, a vítima não foi indiciada pela morte do idoso. Segundo constava nos autos, o pai dos acusados de serem os autores intelectuais teria morrido após colidir contra um animal na cidade e João Rodrigues bateu no mesmo animal antes de passar sobre o idoso já sem vida.
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