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Doação de órgãos de jovem de 20 anos beneficia pacientes no Piauí e no Ceará

A autorização da família de uma jovem de 20 anos permitiu que até cinco pacientes que aguardam na fila nacional de transplantes tenham uma nova chance de vida. A doação de órgãos ocorreu após a confirmação de morte encefálica da paciente, seguindo todos os protocolos médicos e legais exigidos.

A captação foi realizada nesta segunda-feira (15), no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba. Durante o procedimento, foram doados rins, fígado e córneas. O fígado foi encaminhado para Fortaleza, no Ceará, enquanto os rins e as córneas seguiram para a Central de Transplantes de Teresina.

Esta foi a terceira captação de múltiplos órgãos realizada pelo Heda em 2025. Segundo a equipe médica, todo o processo exige rapidez e precisão, desde a confirmação do diagnóstico até a retirada dos órgãos, para garantir a viabilidade dos transplantes.

A cirurgia de captação teve duração aproximada de três horas, com início por volta das 10h, e contou com a atuação de uma equipe multidisciplinar formada por cirurgiões, perfusionistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além do apoio da equipe do Hospital Getúlio Vargas (HGV).

A coordenadora da Central de Transplantes do Piauí, Lourdes Veras, destacou o impacto da decisão das famílias no aumento das doações no estado.

“Toda a nossa gratidão por esse ato de solidariedade, sem doação não existe transplante. Então, o nosso agradecimento especial porque o nosso número de doações aumentaram porque muitas famílias disseram sim para a doação de órgãos”, ressaltou.

Lourdes Veras também ressaltou que a ampliação da rede de captação no interior do estado tem sido fundamental para aumentar o número de transplantes.

“Nós conseguimos descentralizar, já formamos o polo de Parnaíba, no Hospital Dirceu Arcoverde, que é um grande centro de captação de órgãos, e esse mesmo núcleo nós queremos montar nas cidades de Picos e Floriano agora em 2026”, destacou.

Já a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Nadja Freitas, reforçou a importância do diálogo familiar sobre o tema.

“A doação de órgãos é um gesto de amor que precisa ser conversado com a família. A única forma de se tornar doador é com o ‘sim’ dos familiares. O transplante pode representar a única esperança de vida ou uma nova oportunidade de recomeço para quem precisa”, afirmou.

Para quem deseja ser doador de órgãos, a principal orientação é manifestar a vontade ainda em vida e conversar com os familiares, responsáveis legais pela autorização. Também é possível formalizar a decisão por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO), disponível online. No sistema, o interessado pode solicitar um certificado digital, preencher o formulário, indicar quais órgãos deseja doar e escolher o cartório responsável pela emissão da autorização eletrônica.

cidadeverde

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