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Casal colombiano que cobrava juros acima de 30% ao mês é preso em Teresina

Um casal de colombianos investigado por integrar um esquema organizado ligada à agiotagem, lavagem de dinheiro e outros delitos foi preso preventivamente nesta quinta-feira (11) durante a segunda fase da Operação Macondo, deflagrada em Teresina. Além das prisões, a Justiça determinou o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e o bloqueio de R$ 5 milhões das contas dos suspeitos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), a nova etapa da operação aprofunda as apurações iniciadas na primeira fase, realizada no dia 11 de novembro, que resultou na prisão de mais de dez estrageiros, e identificou um fluxo financeiro considerado incompatível com a renda declarada pelos investigados.

Relatórios de inteligência financeira também apontaram indícios de lavagem de capitais, incluindo o uso de contas de terceiros para ocultar e movimentar recursos de origem ilícita.

O superintendente de Operações Integradas da SSP-PI, Matheus Zanatta, explicou que os alvos ocupavam posição superior dentro da estrutura criminosa. Durante a prisão, o casal alegou que mora no Piauí há seis anos.

“Realizamos duas prisões temporárias de dois colombianos que são investigados pela prática de agiotagem abusiva, extorsão, lavagem de capitais e associação criminosa. Esses dois investigados estão acima da escala hierárquica dos últimos colombianos e venezuelanos que foram presos na Operação Macondo I, deflagrada há mais ou menos 35 dias”, explicou o superintendente.

Segundo Zanatta, a organização atuava de forma estruturada e explorava economicamente pessoas em situação de vulnerabilidade.

“As investigações revelaram que os suspeitos ofereciam empréstimos sem qualquer formalização contratual, com juros que ultrapassavam 30% ao mês. Além disso, utilizavam métodos coercitivos de cobrança, como ameaças, constrangimentos públicos e intimidação de familiares das vítimas. O objetivo da operação é interromper esse ciclo de exploração e responsabilizar os envolvidos, destacou.

A segunda fase da Operação Macondo foi coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI) e contou com o apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP).

cidadeverde

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