Brasil está entre os oito países mais afetados pela fome na América do Sul

O Índice Global da Fome (GHI), divulgado em outubro pela Welthungerhilfe e pela Concern Worldwide, apontou que o Brasil está entre os oito países mais famintos da América do Sul. O país alcançou a marca de 6,4 pontos, na categoria “fome baixa”. Enquanto isso, o ranking regional é liderado pela Bolívia, com 14,6 pontos na categoria “fome moderada”.
Esse índice leva em consideração quatro indicadores para elaboração do ranking: desnutrição calórica, atraso no crescimento infantil, baixo peso para a altura e mortalidade infantil. A última avaliação apontou que, embora a média regional da América Latina esteja baixa, o progresso estagnou e ainda há desigualdades.
A Bolívia, a primeira colocada, embora tenha reduzido a pontuação, ainda enfrenta secas e enchentes, o que prejudica a agricultura de subsistência, principal fonte de renda de muitas famílias. Além disso, o país também encara a desigualdade entre áreas urbanas e rurais, a “dupla carga da má nutrição” como aumento de sobrepeso e obesidade, e a instabilidade política e dificuldade de acesso a mercados rurais.
Dos 13 países da América do Sul, o Brasil ocupa a 8ª posição. Ele já obteve 11,6 pontos no GHI nos anos 2000, e está atualmente com 6,4. Esse resultado é atribuído às políticas públicas de alimentação, programas de transferência de renda e maior cobertura social. A recuperação econômica e o acesso ampliado a alimentos também são outros fatores que contribuíram para isso. Entretanto, o país ainda passa por desigualdades regionais e vulnerabilidade a mudanças climáticas, o que contribui nos desafios para garantir a segurança alimentar.



