Homem que usava 2 tornozeleiras eletrônicas é preso em operação contra roubo

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, nesta terça-feira (21), durante operação contra esquema de roubo de celulares, um homem que usava duas tornozeleiras eletrônicas.
Segundo a polícia, ele usava uma tornozeleira devido a uma condenação por violência doméstica e outra em razão de um roubo.
A Polícia Penal do Rio Grande do Sul explicou em nota que o estado possui dois sistemas de monitoramento eletrônico. Um é gerido pela Polícia Penal e o outro pela Secretaria de Segurança Pública, este último voltado à proteção de vítimas de violência doméstica.
Nesse programa, a vítima recebe um celular equipado com um aplicativo de segurança que envia alertas caso o agressor se aproxime.
“Quando um indivíduo é, simultaneamente, monitorado em razão da execução de pena e alvo de medida protetiva com monitoração eletrônica, ele acaba sendo incluído em ambos os programas, o que pode resultar, tecnicamente, no uso de duas tornozeleiras eletrônicas”, disse a Polícia Penal.
O homem, que não teve a identidade divulgada, foi detido em Porto Alegre. A operação desta terça, conduzida pela 16ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e outros cinco de busca e apreensão, na capital e na vizinha Canoas.
De acordo com o delegado Arthur Raldi, responsável pelo caso, os suspeitos realizavam pedidos de celulares em lojas revendedoras e solicitavam que as entregas fossem feitas no bairro Restinga, na zona sul de Porto Alegre, alegando que o pagamento seria efetuado no local por meio de cartão de crédito em uma maquininha.
As vítimas eram surpreendidas por assaltantes no momento em que chegavam ao local de entrega. Os casos investigados aconteceram nos meses de agosto e setembro.
Essa foi a segunda fase da investigação, que no dia 29 de setembro cumpriu 11 medidas cautelares e prendeu cinco pessoas.
Segundo o delegado, a primeira etapa da operação se concentrou em identificar autores de roubos de celulares contra pedestres de forma aleatória, sem foco em modelos específicos.
Já o esquema desmantelado na segunda fase seria mais complexo, e os criminosos buscavam aparelhos específicos e mais caros, como iPhones.
“Eles escolhiam os modelos, entravam em contato com os estabelecimentos comerciais para fazer a compra e alegavam que não estavam conseguindo fazer o Pix, porque o aplicativo estava com problema”, disse Raldi.
folhapress