Fonteles diz que fidelidade partidária é importante e defende ação de Fábio Novo

O governador Rafael Fonteles afirmou nesta sexta-feira (26) que considera legítima a defesa da fidelidade partidária e declarou apoio ao princípio que fundamentou a decisão do presidente do PT no Piauí, Fábio Novo, de afastar prefeitos que declararam apoio ao senador Ciro Nogueira (PP) e a candidatos da oposição. Fonteles, porém, disse que não comentaria casos específicos e que o tema será tratado de maneira mais ampla apenas em 2026.
O governador destacou que os partidos têm autonomia para conduzir seus processos internos e que a cobrança por alinhamento é prática comum em diferentes legendas. Ele citou que outras siglas, inclusive da oposição, já adotaram medidas semelhantes quando houve descumprimento das orientações partidárias.
“As legendas têm colocado a fidelidade partidária como um item importante. É claro que o diálogo sempre vai prevalecer, para poder entender situações específicas. Mas a defesa da fidelidade partidária é um princípio importante que todos os partidos gostam de fazê-lo”, afirmou, acrescentando que não possui informações detalhadas sobre o caso envolvendo os prefeitos mencionados, o que justifica sua reserva em comentar o episódio diretamente.
Fonteles reiterou que pretende evitar discussões político-eleitorais neste momento e que abordará o tema de forma mais aprofundada apenas no próximo ano. Ele também ressaltou que, no cenário nacional, a questão do alinhamento político será central no debate eleitoral, já que, segundo ele, o presidente Lula enfrenta dificuldades para avançar em sua agenda devido à resistência de parte do Congresso.
“A eleição mais importante é a de presidente e a do Congresso Nacional. Quem deseja, por exemplo, a reeleição do presidente Lula, vai apoiar parlamentares alinhados com ele. Essa reflexão vai acontecer, não tenha dúvida”, declarou, observando que o debate sobre fidelidade partidária deverá ganhar força durante o processo eleitoral.
O governador concluiu que, embora os líderes tenham papel relevante nesse movimento, a decisão final sempre cabe ao eleitorado, que, segundo ele, fará sua própria avaliação sobre coerência e alinhamento político no próximo pleito.
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