Bolsonaro admite ter usado ferro quente para tentar violar tornozeleira; vídeo

Um vídeo anexado pela Polícia Federal aos autos do processo em relação a Jair Bolsonaro mostra o ex-presidente admitindo ter usado um ferro quente para tentar violar a tornozeleira eletrônica que usava por determinação judicial. A informação foi antecipada pela coluna da Raquel Landim no SBT News.
A gravação foi feita durante vistoria realizada por agentes do sistema de monitoramento.
O que Bolsonaro disse no vídeo?
Nas imagens, um agente pergunta:
— “Você usou alguma coisa para queimar a imagem?”
— “Ferro quente? Que ferro foi? Ferro de solda?”
Bolsonaro responde que utilizou um ferro de sal com ponta. O agente ainda questiona se ele tentou puxar a pulseira, e o ex-presidente nega.
Quando ocorreu a violação?
Segundo relatório da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), o sistema registrou alerta de violação às 00h07 do dia 22 de novembro de 2025.
A equipe de escolta posicionada nas imediações da residência de Bolsonaro foi imediatamente acionada, assim como a direção da unidade.
Após o alerta, policiais penais fizeram contato direto com o ex-presidente e solicitaram que ele se apresentasse para verificação da tornozeleira.
Em vídeo enviado à PF, a diretora-adjunta do CIME examina o aparelho e registra a confissão de Bolsonaro, que admite ter aplicado calor no dispositivo.
Nos autos, o juiz responsável determinou:
— “DETERMINO que a defesa de JAIR MESSIAS BOLSONARO manifeste-se, no prazo de 24 horas, sobre a violação do equipamento. Após, manifeste-se a PGR no mesmo prazo.”
A perícia do equipamento segue anexada ao processo.
Prisão do Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso neste sábado (22) pela Polícia Federal. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A prisão é preventiva, o que significa que ainda não representa o início do cumprimento da pena do ex-presidente, que foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de detenção por tentativa de golpe de Estado.
Ele cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto e usava tornozeleira eletrônica, mas por outro caso: o inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover sanções a autoridades brasileiras.
SBT News.




